Mês: janeiro 2015
As musas são peças de museu?
Este artigo pretende contar a história de algumas inspiradoras, às quais a nossa Música Popular deve páginas memoráveis. A idéia surgiu ao tomar conhecimento de uma declaração do compositor Carlos Lyra que considerei radical: Esse negócio de ter musa é um machismo sem vergonha. Vejamos quem tem razão. (mais…)
A AIDS (Acachapante Invasão Dominadora Sonora) tem cura?
A polêmica sobre a influência nociva ou não da cultura alienígena que tem impregnado a tupiniquim, é uma velha história. Existem acusadores moderado e xenófobos do colonialismo cultural, assim como defensores discretos e deslumbrados. Por sua grande penetração a Música Popular foi muito envolvida no processo. É um lugar comum dizer-se que a música não tem fronteiras. Concordo, afinal seu caminho é o éter, que não tem dono, mas faço um questionamento: a BOA música, essa sim, não deve ter barreiras, como não tem idade. (mais…)
Histórias em quadrinhos na Música Popular Brasileira
É inegável o fascínio que as histórias em quadrinhos exerceram sobre várias gerações, desde que surgiram em 1895 na figura do Yellow Kid, publicada pelo New York World. Rotuladas como leitura marginal, capaz de embotar a mente dos jovens, fora, vítimas de pais e educadores (que as liam no banheiro) e de furibundas ligas de decência. Esforço vão. Elas vinham para ficar, uma bola de neve incontrolável, tendo a empurrá-las a arte americana de disseminação, que espalhou seus “comics” por todo o mundo. (mais…)
Palpites felizes na inventiva do compositor brasileiro
Em 1928, dois compositores pernambucanos compuseram uma interessante marcha, chamada Mulata, inspirados em Jandira, uma mulata monumento, com pele de veludo. A música fez muito sucesso no carnaval regional de 1928, expandindo-se à Bahia e ao Ceará. Em 1930, foi enviada à RCA para aperciação e acabou sendo engavetada, pois a direção da gravadora não se interessou. (mais…)
A Música Popular Brasileira como caricatura política
Os políticos brasileiros sempre serviram de inspiração aos compositores populares. Alguns, como Getúlio Vargas, consagraram este estilo transformando-se em alvo de marchinhas picantes. Outros, sabendo da força que a música tem junto ao povo, chegaram a fazer encomendas pessoais. Tudo na surdina. (mais…)
A pedidos, bis
Um dos capítulos do meu livro anterior, “Música Popular Brasileira – Histórias de sua gente”, que mais agradou aos leitores foi o que intitulei “Esses Destoaram”, onde comentava os tropeços dados pelos letristas do nosso cancioneiro. Fiz uma abordagem bem-humorada, sem ferir suceptibilidades, citando inclusive escorregadelas de literatos famosos. Estavam os nossos compositores, portanto em boa companhia. (mais…)
A consagração na Música Popular Brasileira
O caminho do sucesso é uma caixinha de surpresas. É quase um exercício de ocultismo tentar entender o que leva o povo a consagrar uma canção.
A história da Música Popular está recheada de êxitos imprevisíveis. Este artigo conta um deles. A música, feita sem maiores pretensões, recusada pelos cantores da época, desancada pelo críticos, na qual os próprio autores não acreditavam, acabou se tornando conhecida mundialmente – só nos Estados Unidos são mais de vinte gravações – e permanece entre as que mais arrecadem no Carnaval ano após ano. (mais…)
A Agonia do Chapéu de Palha
O brasileiro, com seu espírito inventivo e sua musicalidade, vem criando instrumentos e sons inovadores, enriquecendo com essas bossas a sua música Popular. O surdo, bolado por Bide, nasceu de uma lata grande de manteiga; Noel Rosa, na sua gravação de Gago Apaixonado, tem o original acompanhamento de um lápis nos dentes; na primeira cópia de Helena, Helena foi criado o pistom nasal; Biluca tocava numa folha de ficus. Alguns cantores tinham sua marca registrada, como Ciro Monteiro e sua caixa de fósforos. Entre os improvisados instrumentos de percussão, o que mais marcou os intérpretes foi sem dúvida o chapéu de palha, que era moda entre os almofadinhas. (mais…)