A existência da inspiração, estro, engenho poético ou qualquer outro nome que se lhe dê, dentro do processo de criação de uma obra artística é, sem dúvida, um assunto passível de interminável discussão. Os crédulos não abrem mão de terem sido impregnados pela aura, enquanto os descrentes encaram com desdém, classificando de pueris tais enlevos. Uma coisa porém é certa, sejam prós ou contras, tem que haver um outro elemento, catalizador imprescindível: o talento. (mais…)
Mês: março 2015
Herivelto Martins sem segredo
Segundo contemporâneos seus que entrevistei era chamado Galo Garnizé por ser pequeno e esquentado. Exigente no trabalho não fazia concessão à incompetência e corpo mole no trabalho, coisa muito comum entre os artistas de sua época, farristas e boêmios. Todos os conjuntos que criou foram comandados com mão férrea. (mais…)
Francisco Alves, mocinho ou vilão?
Francisco Alves, sem dúvida, foi o mais popular cantor de sua época. Figura contraditória também. Alguns contemporâneos seus louvam seu coleguismo, sua solidariedade, seu fraternalismo. Outros relembram-no como sujeito cheio de empáfia, mal-educado e egoísta. Jacob do Bandolim em conversa com o autor disse que tinha racionados amigos e uma legião de inimigos cordiais. Sua rispidez intimidava um pouco as pessoas. (mais…)
Esses destoaram!
Os letristas do nosso cancioneiro popular, como quaisquer outros que manipulem a palavra escrita, estão sujeitos a enganos semânticos. Este artigo não tem pretensões professorais e nem de longe pretende ferir susceptibilidades. É apenas um painel divertido dos tropeços dos nossos poetas da música, cometidos por desinformação ou incultura, alguns perfeitamente releváveis, porém outros capazes de doer nos tímpanos. (mais…)