Nos últimos anos surgiram biografias com revelações realistas sobre ídolos da MPB, tirando-lhes a auréola de semi-deuses, ilibados, sem nenhuma mácula ou fraqueza inerente aos outros seres humanos comuns. A decadência de Orlando Silva sabe-se, deveu-se ao uso da morfina e seus familiares acusam Silvio Caldas de tê-lo induzido ao vício. Silvio contra-atacou: “Ninguém induz ninguém a nada. Não me sinto culpado pelo desvario de ninguém.
“Anselmo Duarte em sua autobiografia conta que Humberto Teixeira, parceiro mais famoso de Luiz Gonzaga, confidenciou-lhe que no início de sua carreira para gravar tinha que dar parceria para cantor famoso, como foi o caso de “Asa Branca”.
O inspirado compositor Klecius Caldas (Maria Candelária, Maria Escandalosa, A Lua é dos namorados) conta em suas memórias que gente do meio musical comenta que a letra de “Aquarela do Brasil” foi feita por Luiz Peixoto (Maria, Ai Ioiô). Era uma letra que deveria ser aperfeiçoada, podada (os compositores chama de letra-monstro esse esboço). Ary preferiu que nada fosse mudado e Luiz Peixoto discordou, discutiu mas não adiantou nada. Acabou deixando para lá mas não permitiu que seu nome constasse como parceiro.
São fatos polêmicos que deixo para os leitores julgarem se possuem credibilidade ou não.