História da MPB – Música Popular Brasileira

Alguns fatos interessantes e curiosidades da história da MPB – Música Popular Brasileira.

  • A primeira gravação elétrica no Brasil foi em 1927, feita na gravadora Odeon por Francisco Alves.
  • A primeira composição em versos brancos (sem rima), considerada pelos pesquisadores é “Súplica”, de José Marcílio, Otávio Gabus Mendes e Déo, gravada por Orlando Silva: “Aço frio de um punhal foi seu amor pra mim/ Não crendo na verdade implorei, pedi/ As súplicas morrerão sem eco, em vão/ Batendo nas paredes frias do apartamento”.
  • Caboré foi um crioulinho que ensinou Orson Wells a tocar caixa de fósforos quando o famoso cineasta esteve no Brasil.
  • O primeiro “jingle” (anúncio musicado) foi lançado no rádio em 1932, feito por Nássara, para a Padaria Bragança.
  • Garota de Ipanema é a décima-Segunda música mais tocada no mundo dos Últimos cinqüenta anos. “Deixa isso para lá” que lançou Jair Rodrigues para o sucesso foi recusado por Simonal, que não gostava de samba.
  • O primeiro brasileiro a gravar na Europa foi Josué de Barros, o descobridor de Carmem Miranda, na Alemanha, solo de violão. Alguns compositores que também eram médicos: Max Nunes (Bandeira Branca), Joubert de Carvalho (Taí, Maringá), Alberto Ribeiro (Copacabana, Chiquita Bacana), Dalton (Muito Estranho), Aldyr Blanc (O bêbado e o equilibrista).
  • “Ponteiro” consagrou Edu Lobo na Voz de Marília Medalha. O autor no entanto não fazia nenhuma fé na cantora.

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Parceria e confraria na Mpb

Qualquer pessoa medianamente informada sobre MPB já ouviu falar da existência de um mercado musical, onde obras são compradas e vendidas, muitas vezes ostensivamente, como Francisco Alves que teve a sofisticação de montar uma central de produções para fornecer-lhe músicas, outras vezes a operação é regida por um código de honra e nunca se conhecerá os verdadeiros autores. Mas este é um assunto que já foi exaustivamente dissecado pelos estudiosos do nosso cancioneiro. O que escrevo aqui abordará um fato pouco divulgado: o dos compositores que receberam ou cederam uma parceria com consenso das partes, sem que o dinheiro tenha prevalecido nos acordos. (mais…)

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Nas asas da música popular brasileira

A história de um país é sempre idólatra, ufanista e parcial. Os nossos vultos históricos não fogem ã regra: são destemidos super-homens, sem nenhuma macula ou deslize em toda a existência  aventurosa.

A música popular, com raríssimas  exceções, tem  sido instrumento das versões do poder, por ingenuidade ou oportunismo. A maioria dos samba-enredos não passa de louvaminhas, resvalando o ridículo, na ânsia de glorificar nossas personalidades.

Santos Dumont, gênio indiscutível, carismático, não poderia deixar a MPB infensa a sua empatia. É um dos personagens mais abordado pelos compositores populares. (mais…)

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Na música popular brasileira, quem diria, também se copia

Conseqüência da lei do menor esforço, das traições do inconsciente, da falta de talento, da má fé, tem surgido no mundo da música poopular um grande número de obras decalcadas. A maioria não passa de vergonhoso pastiche. Algumas, passíveis de discussão, nascem por conta das coincidências musicais, outras foram tão bem adaptadas que nos fazem esquecer a apropriação indébita. (mais…)

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Semi-deuses da Mpb

Nos últimos anos surgiram biografias com revelações realistas sobre ídolos da MPB, tirando-lhes a auréola de semi-deuses, ilibados, sem nenhuma mácula ou fraqueza inerente aos outros seres humanos comuns. A decadência de Orlando Silva sabe-se, deveu-se ao uso da morfina e seus familiares acusam Silvio Caldas de tê-lo induzido ao vício. Silvio contra-atacou: “Ninguém induz ninguém a nada. Não me sinto culpado pelo desvario de ninguém. (mais…)

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Mpb e a dívida com o índio

A perspectiva da emancipação do índio está causando polêmicas, enquanto ele continua em um tubo de ensaio, arriscado a ser submetido a experiências sociais macabras. Para a grande maioria dos brasileiros a imagem do nosso selvagem é enganadoramente cor-de-rosa, já que o imaginam levando um vidão, sem horário, sem patrão, sem lenço e sem documento. Os compositores populares, em destaque os carnavalescos, concorreram muito para que esse enfoque falso se popularizasse. (mais…)

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